* O Valor do Silêncio em um Mundo Barulhento



"Nossos momentos de quietude podem criar ruído aos demais"
Dwight Garner
Existe dignidade nas coisas silenciosas e nas pessoas silenciosas, e a gravidade se intensifica nas atividades que costumamos desempenhar em silêncio: ler, rezar, olhar quadros, andar na floresta. Nós associamos os ruídos fortes à violência. Sem alto-falantes, Hitler observou, os nazistas não conquistado a Alemanha. É dificil imaginar Gandhi montado em um Harley.
Gostaríamos de pensar, a maioria de nós, que somos essencialmente silenciosos; isto é, temos consideração pelos humanos sem sermos tímidos, frágeis e desinteressantes. Mas não vamos nos apressar. Devemos tomar cuidado para não traçar fáceis "analogias morais entre ruído e mal, silêncio e bem" escreve Garret Keizer em seu novo livro "The Unwanted Sound of Everything We Want: A Book About Noise"( o som indesejável de tudo o que queremos: um livro sobre o barulho; ed Public Affairs).
O preço de nossos momentos de silêncio geralmente é o clamor em ouvidos alheios. Árvores são cortadas, o papel é transformado em polpa e as impressoras rodam para fazer livros e jornais. Para frequentar um retiro de meditação é preciso pegar um avião. Nosso mundo está ficando mais ruidoso, um fato de esmagar os ossos e que é explorado, em uma convergência assustadora. Há mais aviões cruzando e mais carros zunindo em mais estradas, observam esses autores. Eliminamos tudo isso com o que talvez seja o som mais prejudicial de todos o que pulsa dos fones do iPod.
Eu leio todos esses livros com a conciência de que meus próprios nervos estão cada vez mais dilacerados e que eu geralmente escrevo ( e com frequência leio) usando protetores de ouvidos desajeitados, do tipo que um funcionário de pista de aeroporto colocaria na cabeça em 1961.
Se esses livros aprofundaram munha conciência do ruído, porém eles também a complicaram. Como indica Keizer, o barulho é uma das questões de classe mais espinhosa de nosso tempo, e tendemos a ignorar seus significados.
Por Dwight Garner

* Duvidar, Escolher e Aprender



"A dúvida é a escola da verdade"

Francis Bacon



O Benefício da dúvida é dado a quem se propõe a pensar sobre os fatos, as pessoas, a vida e não apenas a aceitar as coisas como elas são. Ainda assim, mesmo que a postura seja de um certo conforminmo, ela deve ser fundamentada, deve ser resultado de alguma reflexão enfim, fruto de uma decisão conciente.

A dúvida não precisa estar relacionada à fé em um Deus ou não a doutrina de uma religião. Ela é mais íntima, diz respeito à portura do ser humano. É a força motriz que faz o homem tomar este ou aquele caminho em detrimento de outro.

Mas duvidar também pode ser transformar num ato de pura descrença, de questionar tudo e não acreditar em nada. E isso est's relacionado às pessoas também.

Afinal, quem não se sente desanimado ao constatar o que um homem é capaz de fazer em busc de dinheiro, poder, influência? imediatamente, pensamos se vale a pena lutar por sentimentos puros, princípios pessoais e por valores espirituais num mundo tão conturbado e tomado de interesses escuros como o que vivemos. Infelismente, o ser humano decepciona o outro em sua imperfeição. Desde políticos, como estes a que assistimos na crise politica em que o Brasil mergulhou, até pessoas bem próximas de nós podem seguir caminhos bastante diferentes daqueles que julgamos ideais. Elas escolheram. Têm o livre arbítrio e fizerem uso dele.

E acredito que essa seja a missão individual de cada um de nós. Duvidar do que já está pronto, do senso comum, às vezes até remar contra a maré, mais jamais perder de vista os princípios sobre os quais foram erguidos seu caráter e sua personalidade. Eles são o que de mais precioso alguém pode ter, independente da crença ou da convicção religiosa. Enfim, busque aprender com cada situação na vida e tire algo de bom para levar consigo.

Por Thaise Rodrigues

Revista Vida & Religião ed. 06 ano 1

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