* Enigmas do Bocejo



"Um Bocejo é um grito silencioso"

Gilbert Keith Chesterton

Primal, irreprimível e contagiante, o gesto revela a base evolutiva e neural da empatia e do comportamento inconsciente. Aliás, tente ler sem bocejar.

Imagine um bocejo. Você alonga os maxilares, abrindo os lábios escancaradamente, toma fôlego profundo seguido por uma expiração mais curta e termina fechando a boca: ahhh... Você acaba de se juntar aos vertebrados do mundo inteiro num dos rituais mais antigos do reino animal.Os mamíferos e a maioria dos outros vertebrados bocejam: peixes, tartarugas, crocodilos e pássaros. As pessoas começam a bocejar bem cedo - uma evidência de antigas origens. Também chamado de oscitação ou boquejo, o bocejo aparece no fim do primeiro trimestre do desenvolvimento humano pré-natal e é evidente em recém-nascidos. Trata-se de tema de grande riqueza para interessados nos mecanismos neurais do comportamento, já que sua natureza simples e sem variação permite uma descrição rigorosa, primeiro passo para a investigação de mecanismos neurais. Essa aplicação do enfoque de "sistemas simples" diz respeito aos seres humanos que se ocupam de suas atividades normais; não há necessidade de usar bactérias, moscas-das-frutas ou nematóides nas pesquisas. Pode-se aprender muito experimentando em si mesmo e observando o colega Homo sapiens.A esta altura, é possível que o leitor já sinta uma das propriedades mais incríveis do bocejo: seu contágio (ver "Reflexo revelador," Mente&Cérebro, edição 161). A simples leitura ou o pensamento sobre o bocejo pode ser o vetor de uma resposta contagiante. A propagação permite explorar as raízes neurológicas do comportamento social, compreender e estudar expressões faciais, empatia, imitação e a possível patologia dos processos no autismo, esquizofrenia e lesão cerebral.

por Robert R. Provine

Fonte : texto http://www2.uol.com.br/vivermente/reportagens/enigmas_do_bocejo.html

foto :www.estradar.com/2008/02/21/bocejo/

* Crenças



"Tudo é possível para aquele que crê."
Ev
angelho de Marcos 9,22"
Todos nós vivemos guiados por um sistema de crenças. E a crença não é apenas algo relacionado a um aspecto religioso. Ela significa tudo aquilo em que acreditamos, principalmente, relacionado ao nosso próprio ser.Os valores morais em que baseamos nossa vida e que nos foram transmitidos inicialmente por nossa família e, depois, pela sociedade, são apenas uma parte de nosso sistema de crenças.A verdade que cultivamos a nosso próprio respeito também é derivada da opinião e do julgamento que recebemos do mundo exterior. A criança que fomos um dia construiu uma auto-imagem que, na maioria das vezes, não corresponde à nossa real natureza.Entretanto, poucos se apercebem disto e seguem exercendo um papel para o qual foram treinados ao longo da vida. Esta discrepância entre o que somos de fato e o que nos convenceram que éramos, é fonte de muito sofrimento.Sair deste labirinto e fazer a viagem de volta ao nosso verdadeiro ser exige de nós, em primeiro lugar, uma atenção permanente para aquilo que se passa em nosso interior.
Os sentimentos são os guias mais eficazes nesta trilha. Sem eles, prosseguiremos perdidos nas ilusões da mente e do ego, que tenta nos convencer a todo custo de que seguir o caminho pré-estabelecido pelos outros é o mais sensato.
Coragem, confiança e um desejo inabalável de reencontrar a fonte original de felicidade, com a qual chegamos ao mundo, são as virtudes que nos levarão, inevitavelmente, ao encontro da divina presença que habita em nós.