*A Dúvida e a Busca da Verdade: Ceticismo

"O ceticismo é essencial para que haja explicações e soluções, adequadas e coerentes, de problemas relacionados à ciência, mas não é fundamental para plena existência da ciência."
Herbert Alexandre Galdino Pereira
Se alguem lhe perguntasse "o que voce conhece? voce poderia pensar em uma porção de coisas, a maioria delas adquiridas em sua experiência cotidiana. Mas se a pessoa insistisse e perguntasse ''Álgo do que voce sabe é realmente verdade? apostaria sua vida nisso ?'', essas questões complicariam um bocado as coisas.
Eu, por exemplo poderia dizer que tenho certeza que sou filho dos meus pais, mas talvez eu tivesse sido adotado ou trocado na maternidade e estar enganado a esse respeito. Poderia ainda estar enganado sobre uma série de outras coisas que até então julgava certas. E se reparar direito, tudo o que eu tenho são crenças, algumas até muito razoáveis, mas nada de que eu possa dizer que é uma verdade irrefutável. Percebo, então que me falta um parâmetro para examinar as minhas crenças e verificar quais são realmente certas e quais são falsas.
Durante a história da filosofia, vários foram os filósofos que tentaram estabelecer as condições para que algo fosse tomado como absolutamente verdadeiro, isto é uma verdade que independensse de fatores circuntanciais e que fosse algo que não fosse verdadeiro para mim ou para um grupo de pessoas,
mas para todos os seres racionais.
Na investigação sobre as condições de validade do nosso conhecimento um grupo de filósofos merece destaque: os céticos. O termo cético vem da palavra grega skepsis, que significa " exame'' . Atualmente, dizemos que uma pessoa cética é alguem que não acredita em nada, mas não é bem assim, um filósofo cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob exame, a fim de verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não.
Por Josué Candido da Silva (especial para pagina 3 Pedagogia & comunicação).
Fonte: htpp://educação.uol.com.br/filosofia/teria-conhecimento-1.jhtm