* Aprender a Ver



"Se deseja ver um arco-íris, precisa antes aprender a gostar da chuva."
Paulo Coelho




Habituar os olhos à calma, à paciência, ao deixar que as coisas se aproximem de nós; aprender a adiar o juízo, a rodear e a abarcar o caso particular a partir de todos os lados .
Este é o primeiro ensino preliminar para o espírito: não reagir imediatamente a um estímulo, mas sim controlar oas instintos que põem obstáculos, que isolam.
Aprender a ver, tal como eu o entendo, e já quase o que o modo afilosófico de falar denomina vontade forte: o essencial nisto é, precisamente, o poder não "querer", o poder diferir a decisão. Toda a não espiritualidade , toda a vulgaridade descansa na incapacidade de opor resistência a um estímulo - tem que se reagir, segue-se todos os impulsos . Em muitos casos esse ter que é doença, decadência, sintoma de esgotamento, - quase tudo o que a rudeza afilosófica designa com o nome de "vívio"é apenas essa incapacidade fisiologica de não reagir.
Uma aplicação prática do ter - parendido a ver: enquanto discente em geral, chegar-se-à a ser lento, desconfiado, teimoso .
Ao estranho, ao novo de qualquer espécie deixar-se-o à aproximar-se com uma tranquilidade hostil, afasta-se dele a mão. O ter abertas todas as portas, o servir abrir a boca perante todo fato pequeno, o estar sempre disposto a meter-se, a lançar-se de um salto para dentro de outros homens e outra coisas, em suma, a famosa "Objetividade" moderna é mau gosto, é algo não aristocrático por exelência.
Friedrick Nietzsche, in"Crepúsculo dos Ídolos"
Fonte:foto(meme.yahoo.com)texto: www. citador.weblog.com.pt/arquivo

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